Ocorrências de parada cardíaca em provas de corrida têm sido cada vez
mais frequentes. Ano passado ficaram nacionalmente conhecidos casos ocorridos
em São Paulo e Porto Alegre. No início deste ano, o socorro ao jovem atleta
numa meia maratona realizada no Rio de Janeiro teve repercussão na comunidade
corredora.
Um dos motivos que mais chamou a atenção foi que o jovem que teve a
parada na prova carioca se recuperou após um período de tratamento e hoje
voltou a correr. Obviamente que vários fatores influenciaram na boa recuperação
do atleta. Mas especialistas consultados pela redação do Jornal Corrida foram
unânimes: a grande diferença foi que ele recebeu os primeiros socorros
rapidamente. Por sorte, a poucos metros, um médico – também corredor – não
perdeu os preciosos minutos que foram capazes de salvar a vida daquele
corredor.
Nem sempre existe um profissional médico por perto quando essas
emergências acontecem. Mas Fabricio Braga, triatleta, chefe da cardiologia da
Casa São José do Rio de Janeiro lembra: qualquer pessoa pode fazer a diferença
num momento desses.
“É muito comum nas provas, quando vejo alguém estendido no chão esperando atendimento, os corredores em volta estarem abanando ou sacudindo as pernas do paciente. Não é dessa forma que um leigo pode ajudar. Isso pode até atrapalhar. Muita gente tem medo de fazer a massagem, o que as pessoas não sabem é que, por mais que quem massageia não tenha o treinamento adequado, aqueles minutos de massagem pode realmente salvar a vida de alguém”.
“É muito comum nas provas, quando vejo alguém estendido no chão esperando atendimento, os corredores em volta estarem abanando ou sacudindo as pernas do paciente. Não é dessa forma que um leigo pode ajudar. Isso pode até atrapalhar. Muita gente tem medo de fazer a massagem, o que as pessoas não sabem é que, por mais que quem massageia não tenha o treinamento adequado, aqueles minutos de massagem pode realmente salvar a vida de alguém”.
Para o triatleta cardiologista, o ideal seria todo corredor fazer um
treinamento de primeiros socorros, mas “os primeiros segundos são vitais,
muitas vezes o atendimento móvel demora para chegar, então quem está perto pode
e, com cuidado e atenção, deve ajudar”.
O médico sugere alguns procedimentos básicos:
1. primeiro peça socorro médico e não deixe o paciente sozinho.
2. reúna mais alguns atletas para auxiliá-lo na tarefa.
3. enquanto a ambulância não chega, estique a pessoa no chão, tire a camiseta e inicie a massagem.
4. coloque as mãos na região peitoral da pessoa, conforme a imagem acima. A compressão torácica deve ser de 100 por minuto. “Quem estiver massageando não pode ter receio de fazer pressão e força, nessa hora elas são fundamentais, por isso tenha com quem revezar a cada dois minutos. Essa ação voluntária entre corredores pode salvar um atleta no meio de percurso”, defende o médico triatleta. Para quem não se sente seguro em prestar socorro sem uma preparação específica, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) oferece cursos para leigos. Acesse informações pelo site da entidade no link.
1. primeiro peça socorro médico e não deixe o paciente sozinho.
2. reúna mais alguns atletas para auxiliá-lo na tarefa.
3. enquanto a ambulância não chega, estique a pessoa no chão, tire a camiseta e inicie a massagem.
4. coloque as mãos na região peitoral da pessoa, conforme a imagem acima. A compressão torácica deve ser de 100 por minuto. “Quem estiver massageando não pode ter receio de fazer pressão e força, nessa hora elas são fundamentais, por isso tenha com quem revezar a cada dois minutos. Essa ação voluntária entre corredores pode salvar um atleta no meio de percurso”, defende o médico triatleta. Para quem não se sente seguro em prestar socorro sem uma preparação específica, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) oferece cursos para leigos. Acesse informações pelo site da entidade no link.
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